Rayban Clubmaster


A história 
Sua origem data de meados da década de 1920 quando a indústria de aviação crescia rapidamente e os países ricos investiam maciçamente no desenvolvimento de aviões para fins militares. As aeronaves eram cada vez mais modernas para a época, capazes de voar sempre mais alto, mas os pilotos sofriam com a intensa claridade acima das nuvens, que ofuscava os olhos e causava perigosas distorções visuais. E um homem foi de suma importância para o surgimento da marca: John A. MacCready, um tenente e piloto de testes da Força Aérea dos Estados Unidos. Ele costumava fazer viagens de balão e, certo dia, em uma de suas aventuras, acabou ficando muito tempo exposto ao sol, o que ocasionou irritação e danos em sua retina. Foi então que ele procurou a Bausch & Lomb, tradicional empresa ótica fundada em 1853 por John Jacob Bausch e Henry Lomb, e fez uma encomenda: desenvolver uma proteção ocular para os pilotos de caça, que enfrentavam sérios problemas de visibilidade em virtude dos intensos raios solares, que garantisse um campo claro de visão, mas também que lhes proporcionassem uma boa aparência para manter o status de poder dos militares da época. A empresa resolveu encarar esse desafio, e depois de muitos anos de intensas pesquisas, apresentou, inspirados nas primeiras máscaras criadas para pilotos de avião no início do século anterior, os óculos Anti-Glare Aviator, munidos de lentes verdes de cristal mineral especial com armações de metal, banhado com ouro, que pesavam apenas 150 gramas, e que refletiam e bloqueavam um alto percentual da luz visível e também dos raios ultravioleta e infravermelho.
Pouco depois, após registrar patente no dia 7 de maio de 1937, a Bausch & Lomb percebeu uma ótima oportunidade de mercado, criar modelos de óculos específicos para a aviação, e lançou o RAY-BAN AVIATOR. O nome da marca foi baseado na mistura do termo em inglês raio (Ray) e as três primeiras letras do verbo banir (Ban), pois os óculos reduziam ou eliminavam a incidência de raios UV nos olhos. O sucesso foi imediato, e logo os pilotos da Força Aérea Americana passaram a usar o modelo. Um fato contribuiu para o sucesso da marca: durante a Segunda Guerra Mundial, um dos generais mais importantes dos Estados Unidos (Douglas MacArthur) foi fotografado desembarcando na praia de Palo, na ilha de Leyte, Filipinas, usando óculos Aviator. Daí em diante os óculos ficaram famosos não só entre a aviação, mas também entre policiais, caçadores, pescadores e consumidores em geral. E o público-alvo não foi problema: homens com estilo esportivo, amantes da vida ao ar livre e pilotos de automóveis, que logo se identificaram com a imagem dos óculos que remetiam a força e coragem. Simples, os óculos eram confortáveis para os olhos e rosto, oferecendo uma visão ampla. Inicialmente, combinavam perfeitamente com o jeito viril dos homens da época, mas, com o passar do tempo, assumiu versões diferentes, agradando aos variados estilos de cada geração. E lançando modelos femininos, tão bem-sucedidos quanto os esportivos masculinos.
Nos anos de 1940 surgiram os óculos com lentes degrade espelhadas. Na década de 1950 o produto foi posicionado junto ao público não somente como um fator de proteção para os olhos, mas também como símbolo de estilo e bom gosto, tornando-se um acessório fashion indispensável. Os óculos ganharam formas grandes, únicas e coloridas, além de muitas linhas e coleções diferentes, como em 1951, quando a pedido específico da Marinha dos Estados Unidos a marca desenvolveu as lentes cinza N-15. O sucesso da marca se tornou ainda maior quando, em 1952, o designer Raymond Stegeman criou um novo modelo chamado Wayfarer. Construído com armação plástica e com um desenho inspirado em automóveis muito famosos da época que tinham a traseira “rabo-de-peixe”. O objetivo inicial era vendê-los também para os pilotos, mas, os modelos fizeram a cabeça do público feminino, especialmente depois que foi usado pela atriz por Audrey Hepburn, em 1961, no clássico filme “A Bonequinha de Luxo”. Ainda no final desta década, em 1958, pela primeira vez, o catálogo da marca incluiu duas páginas de armações de plástico destinadas às mulheres, oferecendo assim uma maior variedade de produtos. Além disso, novos temas, cores e até mesmo materiais, como o strass, foram usados para criar óculos cada vez mais modernos que acompanhavam a moda do momento.
Na década seguinte seu estilo se tornou muito popular junto ao público jovem e entre grandes estrelas do rock, como Lou Reed e Bob Dylan, e estrelas do cinema. Nesta época era praticamente fotografar uma celebridade ou artista sem que estes estivessem usando um RAY-BAN. Nesta década a marca tornou-se líder mundial por focar-se na qualidade e durabilidade do produto, por apresentar novas coleções e também, porque dispunha de uma variedade de produtos superior aos seus concorrentes. Também nesta década, a RAY-BAN apresentou os primeiros óculos com lentes resistentes ao impacto e foi a primeira marca de ótica a fabricar estojos para proteger os óculos, se diferenciando dos concorrentes e recebendo admiração dos consumidores. Em 1969 a RAY-BAN já oferecia óculos com mais de 50 modelos e linhas diferentes.
Nos anos de 1970, como muitas outras marcas meio esquecidas, voltou às vitrines das óticas com força revigorada. Milhares de pessoas aderiram à febre das “releituras” e loucas combinações – era o tempo em que tudo passou a ser permitido, após a queda das grandes grifes europeias. Outra novidade foi o início da produção de óculos de receituário. Além disso, foram introduzidos os óculos concebidos para alpinistas, que precisavam de boa proteção contra os raios solares e o vento. Estes óculos dispunham de lentes espelhadas, destinadas a proteger os olhos do brilho refletido pela neve e apresentavam também proteções laterais de couro, que proporcionavam uma maior proteção contra os raios solares. A década de 1980 e 1990 foi marcada pela presença maciça de RAY-BAN em Hollywood, quando a grife apareceu em diversos filmes, como, por exemplo, The Blues Brothers (Irmãos Cara de Pau), Risky Business (onde Tom Cruise utilizava o modelo Wayfarer), Top Gun (Ases Indomáveis), Batman (onde Jack Nicholson, interpretando Coringa, usou um modelo Wayfarer) e, mais recentemente, Men in Black (Os homens de Preto). Esses filmes foram extremamente importantes para a marca RAY-BAN: Tom Cruise ao utilizar o modelo Aviator em Top Gun, de 1986, fez com que as vendas do modelo aumentassem 40% nos sete meses seguintes.
Em 1999, a RAY-BAN foi vendida para a empresa italiana Luxottica por US$ 640 milhões. A marca ingressou no novo século com vários lançamentos como: óculos com armações especialmente feitas para lentes de grau, introduzidos em 2003; e a coleção RAY-BAN JUNIOR, para crianças de 8 a 12 anos, introduzida no mercado em 2004 com o slogan “My first Ray-Ban”(O meu primeiro Ray-Ban). A marca também esteve ligada intimamente ao esporte, especialmente ao automobilismo, onde por muitos anos foi patrocinadora da equipe Honda de Fórmula 1. Uma das novidades mais recentes da marca são as lentes polarizadas, que anulam todos os reflexos horizontais e proporcionam três níveis de proteção: filtro de proteção que resguarda 100% das radiações UV e elimina grande parte da luz azul nociva; tratamento anti-reflexo, que filtra o reflexo indireto em relação às lentes; e tratamento de proteção hidrófobo, uma película especial que cobre externamente toda a lente e a protege da água e das substâncias oleosas.
Além disso, a marca inovou ao introduzir uma linha de óculos que vinha com canetas especiais para colorir a armação branca, denominada Colorize Kit; e, em 2010, juntamente com uma edição limitada do clássico modelo Aviator (cuja haste tinha gravado em seu interior “Limited Edition” e vendido em um estojo vermelho de couro), a marca lançou seis emocionantes novas recriações de seu eterno estilo: Titanium (em titânio inteiramente polido), Craft (barra superior e ponteiras das hastes revestidas em couro macio costurado à mão), Metal Glide (cores brilhantes e lentes tom sobre tom), Ultra Gold (armação toda banhada a ouro 22K e novas lentes P3 que refletem ainda mais a qualidade e a tecnologia do clássico modelo), Road Spirit (nova e criativa aparência com detalhes que lhe conferem um visual mais jovem) e Tech (armação em fibra de carbono).


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